domingo, 2 de janeiro de 2011

Só o médico é capacitado para diagnosticar e receitar o tratamento certo.

Perigo remédio sem receita

Perigo remédio sem receita

É alarmante o número de pessoas que compram remédios sem receita, sem nenhuma orientação médica. Remédios de uso controlado são vendidos sem nenhuma restrição, como se fosse um simples analgésico.
Várias medicações com a indicação correta, e os usos certos apenas nos trazem beneficio a saúde, não ocasionando nenhum risco, mas usados de forma descontrolada acabam sendo catastróficas, principalmente no uso de anfetaminas, remédios para emagrecer e dos psicotrópicos.
Sem o uso correto, não existem possibilidade de atingirem o resultado esperado, pelo contrário, complicações graves como crises hipertensivas, arritmias cárdias, acidente cerebral vascular e infarto agudo do miocárdio, além da terrível dependência onde muitas pessoas acabam em uma cama de hospital.
Vivemos no tempo em que a sociedade dita regras e culto a beleza, colocando em segundo plano uma vida saudável.
Os remédios no Brasil são classificados em três categorias: livres, de tarja vermelha e de tarja preta. Os menos tóxicos estão na classe livre, que são de um simples comprimido, até os complexos antibióticos e anti-hipertensivos. Estes são livremente adquiridos. Os de tarja vermelha são de média toxidade como antidepressivos, anticonvulsivantes e alguns analgésicos. Geralmente comprados com receita branca em duas vias. Já na categoria da tarja preta encontram-se os muito tóxicos, entre eles sedativos, calmantes e anorecigenos. Apenas com a apresentação da receita e de algum documento podem ser adquirido.
O que leva a maioria das pessoas a se auto medicar é a falta de funcionamento do serviço público, sobretudo da população carente. Preços elevados comparado com o poder aquisitivo da população, falta de rigor e punição para quem os vende sem prescrição médica.
É preciso muito cuidado, mesmo com fototerápicos, cujo uso só tem aumentado. Qualquer remédio apresenta risco, é provado que interação com outros remédios e efeitos colaterais possa até matar.
Antiinflamatórios prejudicam o estômago, o fígado e podem levar a insuficiência renal e pulmonar, podendo causar ainda arritmia cardíaca e morte súbita.
O melhor ainda é a prevenção, nunca deixe de consultar um médico sempre que estiver com algum problema de saúde. Só ele é capacitado para diagnosticar e receitar o tratamento certo. Fique atento quando tomar algum remédio, ele poderá ter algum efeito colateral, caso isso aconteça, procure imediatamente um serviço médico.

REMÉDIO CONTROLADO



Antibi​​ótico n​​ão ​é tarja preta. Mas agora é medicamento controlado!     

No dia 29 de novembro de 2010, graças a uma nova resolução da ANVISA (Resolução 44/2010), todas as receitas em que seu médico prescrever antibióticos serão em duas vias. O que é "em duas vias"? Não, não é mão-dupla. Nem toma-lá-dá-cá, tampouco uma-mão-lava-a-outra. Quer dizer que essa receita vai ter que ser feita com uma cópia cabonada. Aí, quando você for comprar seu antibiótico, uma via ficará retida na farmácia e outra voltará com você, carimbada pela farmácia.

As implicações disso são muito importantes - ao meu ver. o custo dos consultórios vai aumentar um pouco (que terão que gastar o dobro dos receituários e isso custa dinheiro), vai aumentar o custo das farmácias bastante (que terão que criar um monte de controles, livros e funcionários dedindo tempo a esse controle) e vai aumentar enormemente a burocracia (e lembre-se que burocracia faz com que seres humanos tenham o estranho desejo de burlar e fraudar burocracias).

Mas o que mais me preocupa não são as implicações mas as motivações dessa resolução. A principal motivação para essa resolução é o surgimento (mais uma vez) de superbactérias. Na verdade, há muito tempo que essas bactérias multi-resistentes aparecem de tempos em tempos. E isso tem uma causa única:o uso indiscriminado de antibióticos. Na verdade, elas aparecem todos os dias, mas sempre isoladamente. Esse "super-poder", vem geralmente com uma "super-fraqueza": elas competem mal com as bactérias normais (ditas "sensíveis") e morrem no anonimato. Mas o uso maciço de antibióticos tem feito com que elas apareçam em frequencia maior e assim, tornam-se perigosas.

É sabido que médicos tendem a prescrever antibióticos com mais frequencia do que o necessário. Afinal de contas, ele tem 15 a 30 minutos para receber, conversar, dissipar o choro, pedir para despir o paciente, esperar despir o paciente, examinar o paciente, fazer todo o raciocínio clínico, tirar as dúvidas com a mãe, prescrever, explicar a prescrição, tirar as dúvidas da mãe, desejar um bom dia, um abraço pra família e fazer os últimos registros no prontuário antes de chamar o próximo. E ainda assim tem toda uma sociedade com tolerância-zero a erros médicos. Lembre-se que junto com a sociedade, vêm os advogados, os jornalistas, os comentaristas e apresentadores sensacionalistas. Na dúvida, prescreve o antibiótico ("matar não vai", diria o médico mais "cascudo").

Agora, muito mais que o médico que já tem uma tendência a prescrever o antibiótico, tem todo um sistema de comércio de medicamentos prostituído e corrupto. Você já reparou que todas as caixinhas dos antibióticos tem uma faixa vermelha horizontal com alguma coisa escrita em branco nela? NÃO? Bem, vai lá no seu armário dar uma olhada e volta aqui que eu espero... Já olhou? Por incrível que pareça, não está escrito "Tudo bem, não é tarja preta, pode comprar à vontade". Nem está escrito "Compre sob orientação do médico ou do farmacêutico". Essa nova resolução da ANVISA é uma redundância. Na verdade, é uma vergonha. Porque bastaria ser obedecida a determinação (não, não é uma sugestão) e tudo estaria resolvido. Mas o camarada tem mania de tentar resolver sozinho ou na farmácia - onde não tem fila (ainda).

Minha mãe me ensinou, quando eu era criança pequena lá no Rio de Janeiro, que não se deve apontar o dedo pra ninguém. Como bom filho, obedeci minha mãe a maior parte da minha vida (mais ou menos). Mas vou desobecê-la hoje, já na minha estréia nessas Iscas Estetoscópicas.

O maior responsável por esse cada vez mais frequente aparecimento das superbactérías é você. Ou o seu vizinho. Ou vocês dois! Mas quem nunca comprou (ou pensou em) comprar antibiótico sem receita ou pedir a opinião do farmacêutico (que às vezes é o balconista, sem formação em Farmácia) que atire a primeira caixinha tarjada. Já sugeri a um amigo que se ameaçasse com voz de prisão o farmacêutico ou o balconista que praticasse medicina ilegalmente (é isso aí, no final das contas) ou que descumprisse a sua obrigação. Também já falei que seria bem interessante a criminalização do uso de antibiótico sem prescrição (o que não deixa de ser consumo de droga). Mas meu amigo disse que eu estava ficando louco. Mas a alternativa é a burocracia... que sempre falha.

Remédios para dormir – O que você precisa saber sobre eles



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Tudo começa com um probleminha leve de uma noite de sono mal dormida e derrepente o primeiro comprimido, e o sono induzido chega até você e depois ? todas as vezes que algum aborrecimento ou algum problema te tira o sono você acaba usando os rémedios para dormir senão o famoso rola – rola na cama te pega de jeito.
O que realmente você precisa saber sobre os remédios que induzem ao sono !
Fomos pesquisar os prós e contras desses “amigos do sono” saber se eles fazem mal a saúde e causam dependência.

Esses medicamentos têm muitos efeitos colaterais e, nem sempre, são a melhor saída. Isso porque a insônia pode ser apenas sintoma de outro problema e o uso de medicação para dormir, sem que a causa esteja esclarecida, encobre ou mascara doenças mais séria.
E os riscos não terminam aí. A possibilidade de dependência desse tipo de droga, alterações no sistema hormonal, perda de memória e até disfunções sexuais são algumas das conseqüências que podem atrapalhar a rotina de quem decide consumir medicamentos para dormir sem orientação médica.


O que são os remédios para dormir ?
Que reação eles provocam que traz o sono? Muitos medicamentos, originalmente utilizados para outras finalidades (descongestionantes nasais, antialérgicos, remédios para enjôo e mesmo alguns antidepressivos), são capazes de induzir sono. Mas existem aqueles específicos para induzir o sono, chamados benzodiazepínicos, de ampla utilização hoje em dia e de alto potencial para gerar dependência física. Existem também os mais modernos, chamados não benzodiazepínicos, com menos efeitos colaterais e menor potencial de gerar dependência. Atualmente, no entanto, os estudos da área dedicam-se à melatonina, um hormônio presente no organismo que vem sendo muito estudado e que atua de forma ainda não muito compreendida, provocando o sono.


Esse tipo de remédio causa dependência física?
A dependência física pode ocorrer a partir do terceiro mês de uso consecutivo e se caracteriza por aparecimento de sintomas desagradáveis quando o paciente deixa de usar a medicação. A necessidade de aumentar a dose do remédio para obter efeitos também indica dependência que, quando instalada,pode levar até dois meses para ser superada e o paciente voltar ao sono natural.


Quando o especialista recorre a este tipo de remédio? Ela é trivial ou acontece apenas em último caso?
Existem algumas situações em que estes medicamentos são necessários e úteis, seja em indução anestésica, alguns quadros de ansiedade, privação involuntária de sono e outros. É claro que frente a um relato de dificuldades para dormir ou surgimento de insônia é fundamental que se busquem as causas antes de introduzir qualquer medicação. A situação mais freqüente nos consultórios é a de dificuldade para dormir como um problema secundário.


Uma pessoa que toma esses remédios está proibida de consumir algum tipo de medicação?
Estes remédios são de uso controlado e só devem ser usados mediante prescrição médica, principalmente em pessoas que tenham problemas renais ou doenças do fígado, pois são as vias pelas quais os medicamentos são eliminados do corpo.


No caso das mulheres, eles podem interferir no sistema hormonal?
Não se sabe com exatidão se os remédios interferem no sistema hormonal ou se o sistema hormonal altera a forma de atuação e eliminação dos remédios nas mulheres. No entanto, sabemos que as mulheres têm um maior potencial para desenvolver tolerância, mesmo em situações de uso sob acompanhamento, e um maior potencial de estabelecer dependência física.


Quem toma remédio para controlar hipertensão sofre algum risco extra com o consumo?
Depende do que chamamos de consumo. O uso controlado e acompanhado por médico pode, inclusive, auxiliar na estabilização da pessoa hipertensa se um dos fatores da elevação da pressão for um desencadeante emocional. Já o consumo abusivo e sem controle, pelo contrário, pode desencadear, entre outros efeitos, elevações bruscas e intensas na pressão arterial.


Quais os principais efeitos colaterais destes remédios?
Para os benzodiazepínicos, os efeitos são sonolência no dia seguinte, às vezes com sensação de ressaca, lentidão de reflexos e raciocínio, tonturas, perda relativa de memória e até disfunções sexuais, como a impotência e a falta de lubrificação vaginal. Para os não benzodiazepínicos, os mais modernos, há sensação de boca seca, vertigens, reações alérgicas, sonambulismo, dor de cabeça, náuseas, vômitos e redução do apetite sexual.


Tomar os remédios à noite e treinar de manhã pode interferir na absorção dos medicamentos pelo organismo?
São raras as situações em que atividade física é prejudicial ao organismo. O uso de medicamentos de alguma forma pode interferir no desempenho do treino. Nas mulheres, como já citamos os efeitos do uso e as diferenças de eliminação podem gerar diferenças de rendimento.


Esses remédios interferem no apetite?
Embora boa parte dos chamados benzodiazepínicos seja utilizada também para controle de ansiedade, sabe-se que isto não vale necessariamente para a ansiedade alimentar e, pelo contrário, por deixar a pessoa mais relaxada, também faz co que ela fique mais tolerante aos excessos. Além disso, por serem substâncias que atuam no ciclo sono-vigília, podem interferir nos demais mecanismos de nossa balança hormonal.


Um comprimido para dormir faz efeito?
Os novos medicamentos contêm em sua bula a informação de que se destinam a uso restrito, não necessitando ser usado de forma continuada ou por período prolongado. Relembrando: Insônia pode ser apenas um sintoma e o uso de medicação para dormir sem que a causa esteja esclarecida pode encobrir ou mascarar doenças mais sérias. Um comprimido isolado faz efeito (bom ou ruim). O consumo continuado também pode ser necessário ou prejudicial. Cada situação deve ser avaliada pelo médico sempre.

REMÉDIO CONTROLADO


Abuso de remédio controlado supera consumo de droga ilícita


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O abuso de medicamentos controlados já supera o consumo somado da heroína, cocaína e escstasy. A informação é de um relatório do Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, ligado à ONU (União das Nações Unidas).
O relatório não dispõe de dados abrangentes sobre os países porque se trata de “um problema oculto”. 

Ainda assim há indicadores de que “o abuso de tais drogas tem se difundido pelo mundo nos últimos anos”, disse Hamid Ghodse, um dos autores do relatório.

O documento cita como exemplo a Alemanha, onde de 1,4 a 1,9 milhão de pessoas são dependentes desse tipo de medicamentos, vendidos ou não a pedido de médicos. 

A estimativa é de que entre 10% a 18% de estudantes de países europeus tomam sedativos ou tranquilizantes sem receita.

Nos Estados Unidos, segundo o relatório, os remédios controlados são tidos como um problema de abuso de drogas que só não é mais grave do que o consumo de maconha. 

Uma pesquisa de 2008 mostrava que naquele ano o número de americanos viciados em remédios era de 6,2 milhões. 

As vítimas desse tipo de abuso quase sempre não são notificadas com tais, a não ser quando morre é um cantor pop, a exemplo de Michael Jackson.

No Brasil, aumentou o controle da venda de remédios de tarja preta, o que seria a causa do refluxo no consumo que se verificou no último ano. 

Por aqui houve uma queda principalmente na procura de inibidores de apetites com base em anfetaminas.
Mesmo assim o Brasil não é uma exceção no panorama mundial, onde é forte a tendência de maior consumo dos remédios controlados.

Remédios que se destacam, cada vez mais, no faturamento da indústria farmacêutica.